Faltam 1000 dias para o Rio 2016. E?

09/11/2013 20:34

A um milhar de dias para 5 de Agosto de 2016, data que marca oficialmente o início das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016, a natação brasileira segue uma rotina de preparação, sonhos e conquistas. O objetivo é manter uma rotina de grandes conquistas que o Brasil vem tendo nas águas. O país colocou 13 medalhas no peito, todas no masculino, sendo a mais importante de todas o ouro nos 50 metros livre com ELE (César Cielo) em Pequim 2008. Também destacamos as medalhas de Gustavo Borges, duas pratas e dois bronzes, um recorde nacional que ELE pode igualar ou ultrapassar em 2016, ganhando medalhas.

O problema é que a natação feminina, até agora, estava meio que sendo deixada de lado e precisava de mais incentivo para conseguir vitórias expressivas. Assim sendo, ano passado, a Seleção foi dividida em duas: a masculina, capitaneada por Albertinho Silva (ex-técnico d'ELE) e a feminina, tendo a frente Fernando Vanzella, do SESI. A missão é aproveitar melhor os grandes nomes que tem surgido nas águas, como Graciele Herrmann, Alessandra Marchioro e Beatriz Travalon, e feras já consagradas, como Joanna Maranhão e Daynara de Paula.

Mas a falta de estrutura é um grande problema. Temos piscinas boas, sim, como a do Pinheiros, do Corinthians, do Minas, da Unisanta e do Grêmio Náutico União, temos o Parque Aquático Maria Lenk, com boas críticas, mas falta uma arena como as lá de fora, com condições de treinamento elogiáveis. O Parque Aquático Júlio Delamare, devolvido à nação aquática após polêmica sobre derrubar ou não, ainda não está suficientemente pronto. E a tal arena aquática de Deodoro? Parece que virou lenda.

Esta semana, o jornalista do Esporte Interativo, Vitor Sérgio Rodrigues, lançou no Twitter que o Delamare deve passar a ser a sede da natação nos Jogos de 2016, segundo boatos. A nossa torcida é essa. Basta apenas melhorar a estrutura, já que muitos atletas precisam dele para treinar para grandes competições.

E como os esportes aquáticos não são só a natação pura, podemos dizer que as águas abertas estão mostrando força faltando 1000 dias para os Jogos. Já temos várias vitórias importantes, como termos sido Campeões Mundiais de Maratona Aquática e termos a melhor do mundo na modalidade, Poliana Okimoto, que conquistou uma medalha de cada cor em Barcelona. E Ana Marcela Cunha não fica atrás, sendo prata e bronze nos 5 e 10 km do Mundial de Barcelona, uma posição atrás de Poliana e fazendo história. Allan do Carmo também é outro nome a se prestar atenção em 2016, com ótimos resultados. Mas é preciso treinar uma nova geração para manter o legado deles. E isso vale também para os saltos ornamentais e nado sincronizado.

Enfim, mil dias não significam milagre. Mas é preciso que algo seja feito para que as águas novamente nos tragam medalhas.

FLÁVIO BARBOSA