OPEN: As meninas mandam!

No segundo dia do OPEN CBDA/CORREIOS DE NATAÇÃO, na Mais Bela Piscina do Mundo, a do Botafogo, no Rio de Janeiro, ficou demonstrado que está vindo uma das melhores seleções brasileiras já formadas para um MUNDIAL DE ESPORTES AQUÁTICOS. Para o de Kazan, em Agosto próximo, já temos nada menos que ONZE nomes confirmados, tendo sido feitos QUATORZE ÍNDICES. E ainda cabem mais. Não nos esqueçamos que o Open também vale vagas para o MUNDIAL JÚNIOR de Singapura e para os JOGOS PAN-AMERICANOS de Toronto (Canadá).

Começamos com os 200 livre feminino, quando tivemos enfim quebra da marca de 2 minutos e dois índices provisórios para o Pan (é bom lembrar: são os índices técnicos, dezesseis melhores de cada gênero, que definem as vagas): Larissa Martins Oliveira (Pinheiros) fez 1:59.73 e melhorou seu RC, que era 2:00.10, e Manuella Lyrio (Minas) fez 1:59.99. Ambas, sem dúvida e com muita melhora, vão tentar alcançar, no TROFÉU MARIA LENK, o índice de 1:58.96. Mas olho também em Jéssica Cavalheiro (SESI - 2:00.14), Gabrielle Roncatto (Pinheiros - 2:02.16) e Bruna Primati (SESI - 2:02.52), que podem, se conseguido o tempo possível, disputar uma vaga no revezamento 4 x 200 livre. Na versão masculina, a vitória coube a João de Lucca (Pinheiros/North Carolina), que, cansado pela forte temporada, não foi além do 1:48.84, com Luiz Altamir (Flamengo) correndo por fora com 1:49.16.

Nos 200 costas, vimos o que pode ter sido a última vitória de Thalandra Borges (Corinthians), que, com 2:17.60, se despede com chave de ouro de uma gloriosa carreira. Sua última prova, oficialmente, serão os 50 costas de amanhã. No masculino, Leonardo de Deus (Corinthians) chegou a ir forte, mas o cansaço bateu e o índice para Kazan voou: 1:58.53, 31 centésimos acima.

Porém, os índices vieram nas provas seguintes. Os 100 borboleta, que de manhã consagraram Daiene Dias (Botafogo), de tarde consagraram Daynara de Paula (SESI - foto). A manauara, vice de manhã, deu o troco com um tempaço: 58.36, um centésimo apenas acima do seu RC feito em Porto Alegre ano passado, e garantiu mais um Mundial na sua carreira. "Quanto mais gente, melhor, e estamos mostrando que a natação feminina no Brasil não está nada fraca e até 2016 vão surgir meninas nadando forte para abocanhar uma medalha para a gente", comemorou. E na prova masculina, Thiago Pereira (SESI/Florida) também carimbou seu passaporte para o Mundial de Kazan, após ter falhado o de Doha. Mesmo não sendo esta sua melhor prova, Thiago mostrou que os ares americanos lhe fizeram bem: fez 52.27, nove centésimos abaixo do índice. "Fiz meu melhor tempo e vou ver as viradas para melhorar meu tempo e tentar superar a barreira dos 52, mas estou feliz pelo índice". Empatados em segundo, dois da Unisanta: Nicholas dos Santos - já com índice, e Lucas Kanieski, ambos tendo feito 52.85.

Nos 400 medley, não há mais dúvidas: Joanna Maranhão (Nikita/SESI) não podia ter parado. Ela deu um baile, um banho de bola e voltou com tudo: 4:41.00, seu melhor tempo sem trajes e próximo os 4:40.00 que ela fez em Atenas 2004, quando foi quinta colocada nesta prova. Indubitavelmente ela vai superar este tempo no Lenk. A segunda colocada, a Iron Baby, chegou perto de mais um índice para Singapura ao fazer 4:51.40 (o tempo exigido era 4:50.13), mas pode ter, no Pan, a companhia de Nathalia Almeida (Flamengo), que fez 4:52.97. É questão de melhora. As duas são jovens. Como Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), que, na versão masculina, chegou perto dos 4:16.71 ao fazer 4:17.48. Foi seu melhor tempo ever e, mais uma vez, questão de melhora, pode ser alcançado no Lenk.

Já nos revezamentos 4 x 50 livre do Brasileiro Sênior, pintaram mais índices: ELE (César Cielo - Minas/Auburn), com 21.60, Bruno Fratus (Pinheiros/Auburn), com 22.24 e Nicholas, com 22.26, abriram os revezas de suas equipes abaixo dos 22.27 exigidos para os 50 livre. Excelentes tempos para um reveza. Ah, e deu Minas, com ELE, Felipe Martins, Ítalo Manzine e Fernando Silva marcando 1:27.54, seguidos por Pinheiros e Corinthians. No feminino, deu SESI, 1:41.67, mas teve índice: Lorraine Ferreira (Minas) abriu o revezamento marcando 25.20, sete centésimos abaixo do índice e, se não nadar os 50 livre (o que será impraticável), confirma seu passaporte. Surpresa, surpresa!

Confira o placar parcial deste equilibrado Open:

Amanhã teremos mais provas e tudo começa a se afunilar: 100 livre, 200 peito, 50 costas, 200 medley, 400 livre, e 4 x 50 medley misto. O trem pra Kazan tem mais vagas: é só chegar!

FLÁVIO BARBOSA (quero ir pro Maria Lenk!! - informações da CBDA, do Best Swimming, do Blog da Swim Brasil e foto de Satiro Sodré)