Pan-Pacífico: Critérios de Convocação

07/11/2013 11:41

Um dos torneios mais tradicionais da natação mundial, o Pan-Pacífico é disputado desde 1985, com o intuito de ser realizado a cada dois anos ímpares, para permitir um torneio internacional em anos aos quais não ocorriam Olimpíadas e Mundiais. Foi criado por Canadá, Estados Unidos, Japão e Austrália para ser aberto apenas países que fazem fronteira com o Oceano Pacífico (hence the name), mas logo depois foram convidados países não-europeus que quisessem participar, entre eles, claro, o Brasil. No início do Século XXI, devido às mudanças da FINA para o Mundial, que passou a ocorrer a cada dois anos ímpares, o torneio passou a quadrienal. No mesmo ano das Copas do Mundo de Futebol e Mundiais de Basquete e Vôlei, se é que vocês me entendem.

A diferença do Pan-Pacífico para os Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos é que as nações podem colocar quantas pessoas quiserem nas preliminares de cada evento, sendo que na maioria dos eventos internacionais, apenas dois nadadores de cada país são permitidos. Porém, apenas dois nadadores por país podem se qualificar para as semifinais e finais.

E a CBDA já começou a se mexer para o evento do ano que vem, 2014, que será realizado de 21 a 25 de Agosto, na australiana Gold Coast. Em boletim divulgado na última terça-feira, estabeleceu os seguintes critérios para convocar seus melhores atletas: serão considerados apenas os tempos obtidos no OPEN CBDA/CORREIOS DE NATAÇÃO (Dezembro, Porto Alegre), no BHP Billington Aquatic Super Series (fim de Janeiro, início de Fevereiro, Perth, Austrália) e no TROFÉU MARIA LENK (Abril, São Paulo). Isso vale também para os nadadores que moram, estudam e treinam lá fora. Ou seja, terão de defender suas agremiações nacionais nestes eventos para tentar vaga no Pan-Pacífico. Além disso, somente serão válidos os tempos obtidos pelos atletas em abertura de revezamentos, desde que os atletas não tenham participado das respectivas provas individuais, na mesma competição, critério adotado pela CBDA, nos últimos anos.

Mesmo com a liberdade de escalar quantos atletas quiserem, a CBDA restringiu as vagas a dois atletas por prova, na proporção de 21 nas provas olímpicas (14 homens, 7 mulheres) e 6 nas não-olímpicas (sendo 4 eles e 2 elas). Eis abaixo os tempos técnicos que os atletas terão de alcançar para se classificarem:

Se mais de dois nadadores conseguirem as vagas, vão os dois de melhor índice técnico. E se houver empate entre dois ou mais atletas, o critério escolhido será o melhor resultado nas eliminatórias das respectivas provas na última competição seletiva. O boletim completo você lerá aqui.

Então, vamos ficar de olho no Pan-Pacífico do ano que vem, que promete muita competitividade como foram nos outros torneios.

FLÁVIO BARBOSA (com informações da CBDA)