TROFÉU JOSÉ FINKEL: Tem mais (e menos) gente no trem!!
O segundo dia do TROFÉU JOSÉ FINKEL 2014 começou com uma nota triste: Thiago Pereira (SESI) pediu o boné do Itaguará Country Club para se poupar para o Mundial de Piscina Curta. Ele voltou a sentir uma lesão antiga (que o atrapalhou nos 200 medley) no PAN PACÍFICO de Gold Coast e, por isso, resolveu não nadar mais no Finkel. Ele terá duas ou três semanas para se recuperar, durante as quais ele vai para os Estados Unidos (lembrando, ele fez faculdade na Florida e na California) para procurar um novo técnico, vez que Alberto Silva resolveu dedicar-se apenas à Seleção Masculina.
Afora isto, este dia foi cheio de ótimos resultados, índices e recordes. A começar pelos 200 peito deles, com dobradinha do Corinthians. Thiago Simon, líder desde o início da prova, segurou bem o resultado para ganhar com 2:04.28, novo Recorde Sul-Americano. Logo atrás, o nadador de Cristo Felipe França também carimbou passaporte para o Mundial de Piscina Curta em Doha (QAT), 2:04.50. O índice era de 2:04.92. "Eu vim de uma competição de longa, o Pan Pacífico, mas nadei melhor aqui e encaixei melhor meu estilo na curta", disse Simon. Felipe agradeceu a Deus pelo bom desempenho: "A gente fez a programação para o Finkel. O Pan Pacífico ficou no meio, ajudando meu descanso. Louvado seja o Senhor por ter me ajudado nesta jornada e ter conseguido este feito e acreditando no trabalho do Sérgio Marques, conseguimos colocar o meu melhor na água".
No feminino, de novo vale a pena insistir: CADÊ AS PEITISTAS BRASILEIRAS??? Com a Cecília Zuppo em San Diego, eis uma chance de grande melhora. Mas por enquanto, mais um show de Julia Sebastian (Unisanta). A argentina bateu o recorde sul-americano (que era da compatriota Agustina de Giovanni, 2:26.17), com 2:22.32, seu melhor tempo ever. Atrás dela, a holandesa Moniek Elizabeth (Minas), com 2:23.53. A campeã brasileira foi Juliana Marin (Minas), que, porém, ficou longe, longe, do índice de 2:21.64, fazendo 2:27.28.
Nos 100 borboleta deles, Marcos Macedo (Minas) melhorou o RC que fizera de manhã, 50.06. "O psicológico veio mais relaxado agora à tarde. Já tinha feito o índice, que era meu objetivo, mas pude consertar meus erros que podiam ser melhorados. Foi nisso que foquei melhorando o tempo de manhã", comemorou Macedo ao SporTV. A grande surpresa foi Glauber Silva (Iate Clube da Bahia), que após 2 anos fora das águas por doping, voltou bem, fazendo 50.97. Mas quem vai a Doha é Nicholas dos Santos (Unisanta), que fizera 50.60 de manhã e de tarde fez 51.50. Ele assim justificou a piora: "na virada eu chutei na quina do azulejo. Ficou um pouquinho roxo. Mas meu objetivo eram os 50 borbo. Logo, fico satisfeito com minha prova, que objetivou ajudar a Unisanta. Tem muita coisa boa vindo ai". Nicholas disputará também os 50 e 100 livre e os revezamentos. O índice era 50.73.
No delas, a grande surpresa da tarde-noite: três índices conseguidos para Doha. De manhã, Daynara de Paula (SESI) tinha conseguido 57.77, dois centésimos acima dos 57.79 que eram o índice. Agora ela ganhará a companhia de mais uma nadadora. Mas quem? Etiene Medeiros (SESI) ganhou a prova da tarde com seu melhor tempo na prova: 57.40. Mas a manauara e Daiane Dias (Botafogo) empataram em segundo com 57.64. O regulamento reza que o melhor índice técnico vai definir quem vão nesta prova para o Mundial. Eu acho que quem vão serão Daynara e Daiane.
A PRIMEIRA A GENTE NÃO ESQUECE
Seria assaz difícil que um dos oito que começaram a série mais forte dos 1500 livre alcançasse os 14:43.62 do índice que levaria para Doha. Mas ninguém quis saber disso. Leonardo de Deus até que começou bem nos primeiros 700 metros, até no ritmo do Recorde Sul-Americano de Lucas Kanieski (Minas, 14:44.62), mas a partir daí se cansou e deixou que Luiz Rogério Arapiraca (Unisanta) chegasse para liderar dos 700 aos 800. A partir daí, começa a brilhar a estrela de Brandonn Pierry Almeida (Corinthians), que assumiu a liderança para não perdê-la mais, e ainda por cima com direito ao seu melhor tempo: 14:50.31. "Meu técnico falou para eu encaixar depois dos 500, que é minha parte mais problemática, para atacar. Uso lente, não enxergo muito bem, mas comecei a ver que SESI e Corinthians torciam por mim. Fui ratificar e depois vi que eu estava na frente", falou Brandonn. A segunda colocação coube ao equatoriano Esteban Enderica (Fluminense), com 14.57.82.
E COMO ESTAMOS??
Findo o segundo dia de provas, a Máquina do Minas segue na frente. Mas Corinthians e o desfalcado Pinheiros estão disputando cabeça a cabeça o segundo posto, e existe a possibilidade até de alcance. Nada está definido. Confira o placar:
Amanhã, continua o show, com os 400 livre, 50 livre, 800 livre delas e 4 x 200 livre. Ainda estamos no meio do evento, mas a Seleção pra Doha já está tomando forma.
FLÁVIO BARBOSA (se nada atrapalhar a transmissão do SporTV... - informações do Best Swimming, do Blog da Swim Brasil, da CBDA e foto de Satiro Sodré)